“Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só,

muitos se tornarão justos.”

(Rm 5.19)

 

     O texto refere-se a Adão e Cristo. “Portanto, como pela desobediência de Adão entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). Somos pecadores porque Adão pecou, e somos justos por causa da obediência de Cristo. 

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“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens, e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que o nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.”

(Fl 2.5-11)

 

    Somos recebidos como filhos de Deus, não porque viemos de “fora para dentro”, mas porque recebemos Jesus como nosso único e suficiente Salvador (Jo 1.12). Não através da nossa obediência, mas através da obediência de Cristo, somos justificados pela fé, somos justiça de Deus em Cristo, e somos transformados de “dentro para fora”, em testemunho da vitória de Cristo. Segue uma reflexão sobre  transformação de vidas.

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“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creram no seu nome.”

(Jo 1.12)

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“Os religiosos do tempo de Jesus, os fariseus, se pautavam na lei de Moisés, e Jesus estava-lhes falando a respeito de um reino espiritual, cuja visibilidade reflete os seus ensinos. Jesus falava de uma transformação do entendimento e da mente, segundo um processo interior (de dentro para fora), através da ação do Espírito Santo. O processo inicia com a confissão de fé em Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador, e na medida que internaliza e reproduz a palavra de Deus, a transformação vai acontecendo. O filho de Deus (Jo 1.12), então, sendo edificado para habitação de Deus no Espírito, expondo-se à pregação e ao ensino na sã doutrina da palavra de Deus, o filho de Deus passa a produzir fé no coração, e tem a sua vida transformada em testemunho de vitória de Cristo.”

(Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010)

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         Somos transformados de “dentro para fora”. Fiquem atentos, pois virão as pressões do mundo, as pressões de “fora para dentro”, principalmente pelo medo e intimidação, para desvia-lo do caminho de Jesus. Nesse ponto temos que nos posicionar em fé, como filhos amados de Deus. No Antigo Testamento temos o exemplo do profeta Daniel (Dn 1. 1-21), servo de Deus, levado cativo para a Babilônia, e que teve o nome mudado de “Daniel”, cujo nome significa “Deus é meu Juiz”, para “Beltessazar”, segundo o nome do deus da Babilônia. Mudança do nome, numa nítida pressão do mundo, de “fora para dentro”. Todavia, “Daniel” tomou uma atitude de fé “dentro para fora”. (Dn 1.8)

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“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as

 finas iguarias do rei ...”

(Dn 1.8).

 

       Agora, não mais vivendo na condição de servos, como no Antigo Testamento, mas vivendo na graça de Jesus, na condição de filhos de Deus, temos relacionamento com Jesus, morremos para o mundo, e nascemos de novo. Então, diante das pressões vindas do mundo, de “fora para dentro”, cabe a nós termos atitudes firmes, de filhos amados de Deus, atitudes de fé “de dentro para fora”. 

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Somos justiça de Deus em Cristo.

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Manoel Lúcio da Silva Neto é mestre em Engenharia de Produção (Mídia e Conhecimento), e autor do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010.