Andando com
Deus

“Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis, guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz a ele servireis e a ele vos achegareis.”
(Dt 13.4)
O verbo andar, do latim “ambulare”, significa caminhar. Na Bíblia Sagrada o verbo andar tem sentido, entre outros, de mover-se, sentir-se, (em relação ao tempo), porta-se, agir, desenvolvimento (no sentido de prosseguir). Seja no Antigo Testamento (período da lei), seja no Novo Testamento (Graça), todos esses significados apontam para Jesus. Por isso, dizer-se que a Bíblia Sagrada é cristocêntrica: “Jesus é aquele em quem todas as coisas tiveram um princípio, e para quem todas as coisas convergem”. (Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010).
No Antigo Testamento, Deus chamou Abrão (figura de Jesus), o abençoou e o multiplicou (Is 51.2). Antes de mudar o nome de Abrão para Abraão, que significa, “pai de muitas nações”, Deus lhe deu a seguinte instrução. (Gn 17.1)
“... anda na minha presença e sê perfeito.”
(Gn 17.1)
“Acima de tudo isto, porém, esteja o amor,
que é o vínculo da perfeição.”
(Cl 3. 14)
Segundo a instrução recebida, Abraão deveria mover-se em Deus, em amor. Portanto, os dois grandes segredos da vida cristã são: Ouvir a voz de Deus e obedecer. Abrão ouviu e obedeceu a voz de Deus, e, assim, Deus cumpriu a promessa feita a Abraão, e, na plenitude do tempo, enviou seu Filho, Jesus (Gl 4. 4-5).
“Mas, vindo a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.”
(Gl 4.4-5)
Ouvir e obedecer a voz de Deus demandam da nossa parte atitudes de força interior, coragem e humildade (2 Co 5.7). Andar com Deus é mover-se em Jesus (At 17. 28), porta-se como Jesus (1 Pe 3. 16), agir como Jesus (Fl 2. 5), desenvolvimento em Jesus (Fl 2. 12) ...
”Porque andamos por fé, e não por vista.”
(2 Co 5.7)
“Porque nele vivemos, nos movemos, e existimos, como alguns de vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.”
(At 17. 28)
“fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo que falam de vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo.”
(1 Pe 3.16)
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus.”
(Fl 2.5)
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.”
(Fl 2.12)
A seguir uma reflexão sobre as 7 (sete) expressões da nobreza de Jesus na Cruz. Atitudes de Jesus que conduzem a uma vida cristã vitoriosa, e que demandam da nossa parte força interior, coragem e humildade.
“As 7 (sete) expressões da nobreza de Jesus na Cruz devem ser objeto de reflexão cristã. Os mais desatentos poderiam achar as atitudes de Jesus paradoxais, mas imagine-se praticando tais atitudes. Na verdade elas guardam segredos de uma vida cristã vitoriosa, se praticadas com sinceridade de coração. Senão vejamos: No momento da adversidade da Cruz, aflição, Jesus praticou o que ensinava, e sem medo, Jesus perseverou na palavra de Deus (obediência), Jesus ofereceu perdão, Jesus testemunhou do arrependimento para remissão dos pecados (Salvação), Jesus se doou, Jesus honrou, por fim, Jesus venceu a tentação do pecado. Enfim, Jesus conquistou a vitória, abrindo caminho para que todos sejam vencedores. A confissão em Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador (Rm 10.9), é o início da vitória, seguindo-se da prática da Palavra de Deus como regra de fé. (Mt 7. 24-27)”
(Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010).
Somos Justiça de Deus em Cristo.
Manoel Lúcio da Silva Neto é mestre em Engenharia de Produção (Mídia e Conhecimento), e autor do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010.