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Sim, Sim; Não, Não

(Parte II)

      Segundo a lógica clássica duas afirmações contraditórias são mutuamente exclusivas, não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. Formulado pelo filósofo grego Aristóteles (384 a. C. a 322 a. C.), sistematizador da teoria da lógica, este princípio é conhecido como lei da contradição. Essa lei pode ser enunciada da seguinte maneira, "Nenhuma proposição verdadeira pode ser falsa e uma proposição falsa não pode ser verdadeira, ao mesmo tempo". Em uma das versões sobre o princípio da contradição (psicológico), Aristóteles disse, “Não se pode crer que o mesmo, ao mesmo tempo, seja e não seja”. Vários outros filósofos deixaram suas contribuições a lógica, durante a História. O filósofo grego Protágoras (480 a. C. a 415 a C.) fazendo referência as contradições do ser humano afirmou, "O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são." Sócrates (469 a. C. a 399 a.C.), filósofo grego, se utilizando da técnica de investigação filosófica através de diálogos (método socrático), para definir conceitos éticos como justiça e virtude, refutou a tese de que a “Coragem é a resistência da alma”. Sucessivos filósofos foram agregando conhecimentos à formulação da teoria da lógica clássica; no campo das contradições do ser humano, muitas deram causa a conflitos históricos.

       Trazendo essa discussão para o cristianismo (Jesus Cristo), no Sermão do Monte – As bem-aventuranças (Mt 5;6;7), Jesus cravou na orientação para o ser humano não cair em contradições, não deixando que o maligno se utilize das contradições como fonte de aprisionamento da alma. (Mt 5.37)

      “Seja porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que passar disso vem do maligno. (Mt 5.37)

     O ato de crer é função de convicção interna do ser humano (de dentro para fora), sendo através da vivência dos princípios bíblicos, em sua plenitude, que não caímos nas contradições da vida. Sim, sim; não, não (Mt 5.37) significa que as palavras devem ser coerentes com as atitudes (Sim é Sim; Não é Não). Caso contrário o maligno vai se aproveitar da situação. Nesses casos, o remédio é exercitar a fé. (Hb 11.1)

       “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. (Hb 11.1)

      "Em resumo, a motivação da fé se da por convicção interna, e vem acompanhada da visão espiritual de eternidade, colocando a esperança no que não se pode contemplar. Nessa perspectiva, o filho de Deus (Jo 1.12) segue a jornada confiando e perseverando na Palavra de Deus". (Extraído do livro, Cristologia ao seu Alcance, 2010).

Somos justiça de Deus, em Cristo.

 

Manoel Lúcio da Silva Neto é mestre em Engenharia de Produção (Mídia e Conhecimento), e autor do livro, Cristologia ao seu Alcance, 2010.

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